Após protestos das entidades, governo avança e propõe 9% de reajuste

Após três horas de reunião e debate acalorado, a terceira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, realizada em 10 de março, terminou com a apresentação de oferta de 9% de reajuste salarial, com efeitos a partir de maio. Em fevereiro o governo havia encaminhado oficialmente às entidades sindicais a proposta de 7,8% a partir de março, com pagamento em abril.

“É frustrante chegar aqui para receber uma proposta efetivamente menor do que a inicialmente apresentada”, afirmou presidente da Federação Nacional dos Auditores de Controle Interno (Fenaud) e do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, diante do percentual de 8,4% abril, apresentado na primeira oferta do dia.

Na mesma linha, Bráulio Cerqueira, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), destacou que a proposta não demonstrava nenhum esforço do governo. “Dá para ir além. Nossos cálculos mostram que há espaço para elevar o percentual. É importante dizer que o espaço orçamentário atual é fruto da luta que travamos no ano passado. Por que o governo não pode ir além disso?”, questionou, ao pedir uma negociação efetiva.

Diante da reação das lideranças sindicais, o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Sérgio Mendonça, e equipe, retiraram o percentual da Mesa e apresentaram 9%, a partir de maio. Ele explicou que a proposta, se aprovada pelas bases, precisará ser chancelada pelo Congresso Nacional, visando o cumprimento de requisitos legais.

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